Iremos qualquer dia a Cabo Verde, às suas tabernas do litoral que conhecemos pelos poemas de Aguinaldo Fonseca, onde tudo é salgado e nostálgico. Tabernas que são navios encalhados no meio da noite, putas abandonadas entre os braços, amigo meu, iremos qualquer dia a Cabo Verde. Mindelo, Porto Novo, Ribeira Grande, Palmeira, Curral Velho, Porto Inglês, Cidade Velha, iremos qualquer dia a Cabo Verde. Iremos a essas tabernas onde o Tédio e a Nostalgia entram agarrando os seus velhos cachimbos, onde velhas cantoras cantam mornas e o amor se mistura com a violência e com o esquecimento. Porque, como Álvaro de Campos, levamos dentro do coração todos os lugares em que estivemos e também aqueles em que não estivemos nunca. E, como Ovídio Martins, trazemos dentro todos os mares do mundo – especialmente aqueles que têm vodka em vez de água. Iremos a Cabo Verde, amigo meu, iremos qualquer dia a Cabo Verde.
Este es un poema de Martín López Vega. Ahí anda entre esos versos doña Cesária Évora. Eso creo.
Pois é, Neves, um concerto da Cesária é uma experiência inesquecível, já a vi duas vezes e hei-de repeter. A fotografia foi tirada no barco de Setúbal para a península de Troia. Um abraço.
DR, me ha gustado mucho el poema (¿el original es en portugués?). Convida a conocer esas islas, a sumergirse en las tabernas donde alguien canta una morna triste, y además tiene ecos de Pessoa. Muchas gracias y un abrazo
4 comentarios:
Adoro Cesária Évora. Vi-a uma vez na igreja de São Francisco, em Cáceres, há muito tempo e jamais vou esquecer. Bela fotografia. Cumprimentos.
CABO VERDE
Iremos qualquer dia a Cabo Verde,
às suas tabernas do litoral que conhecemos
pelos poemas de Aguinaldo Fonseca,
onde tudo é salgado e nostálgico.
Tabernas que são navios encalhados
no meio da noite, putas abandonadas
entre os braços, amigo meu,
iremos qualquer dia a Cabo Verde.
Mindelo, Porto Novo, Ribeira Grande,
Palmeira, Curral Velho, Porto Inglês,
Cidade Velha,
iremos qualquer dia a Cabo Verde.
Iremos a essas tabernas onde o Tédio e a Nostalgia
entram agarrando os seus velhos cachimbos,
onde velhas cantoras cantam mornas
e o amor se mistura com a violência e com o esquecimento.
Porque, como Álvaro de Campos,
levamos dentro do coração
todos os lugares em que estivemos
e também aqueles em que não estivemos nunca.
E, como Ovídio Martins, trazemos dentro
todos os mares do mundo – especialmente
aqueles que têm vodka em vez de água.
Iremos a Cabo Verde, amigo meu,
iremos qualquer dia a Cabo Verde.
Este es un poema de Martín López Vega.
Ahí anda entre esos versos doña Cesária Évora. Eso creo.
Un abrezo.
Pois é, Neves, um concerto da Cesária é uma experiência inesquecível, já a vi duas vezes e hei-de repeter. A fotografia foi tirada no barco de Setúbal para a península de Troia. Um abraço.
DR, me ha gustado mucho el poema (¿el original es en portugués?). Convida a conocer esas islas, a sumergirse en las tabernas donde alguien canta una morna triste, y además tiene ecos de Pessoa. Muchas gracias y un abrazo
¡Ahhh, bello poema Rayuela!
Azófar ... qué regalo hermoso de nuestro amigo.
La meauca, bella imagen también.
Bueno... después sigo poniéndome al corriente.
=)
Linda semana.
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